domingo, 23 de maio de 2010

Inclusão digital no processo educativo

Muito se tem falado em Inclusão Digital nos últimos anos. Como apresentado no texto da disciplina, esta inclusão não diz respeito apenas a aquisição de um computador ou a possibilidade ao acesso a internet. Um ponto relevante é se as pessoas possuem ou não o conhecimento necessário para manusear um computador, em outras palavras, se elas são “informaticamente letradas”. Levando isso em consideração, além do baixo nível de escolaridade e de instrução que o povo brasileiro possui, sendo boa parte da população analfabeta ou semi-analfabeta, fica difícil pensar em uma inclusão digital. Antes disso é necessário um pensamento mais amplo em educação e inclusão social. Outra questão que surge refere-se ao porquê de dar acesso ao mundo virtual, qual a função dele e as melhorias que esse tipo de recurso traria para o cotidiano das pessoas.

Tendo esses pontos negativos em vista, podemos perceber que uma inclusão digital envolvendo toda a nossa sociedade é um objetivo distante, e até mesmo pouco provável. Como citado no texto o exemplo de um trabalhador rural, que só consegue conquistar determinado beneficio através da internet, sendo que ele mesmo não ter escolaridade nem ao menos energia elétrica. O que se pode crer é numa inclusão agindo em determinadas parcelas da sociedade, onde as pessoas possuam uma estrutura educacional suficiente o bastante para compreender os conceitos básicos sobre a utilização da informática.

Pensando nesse contexto, e levando em consideração todos os avanços dos recursos da informática bem como a rede mundial de computadores que vem permitindo inúmeros avanços nos campos da informação, da comunicação, e, em especial, da educação, podemos citar a Educação a Distância como uma maneira de inclusão não só digital, mas educacional.

A modalidade de ensino a distância vem ganhando muito espaço nos últimos tempos devido ao fato de que um curso oferecido pode ser acessado de qualquer lugar a qualquer horário, reduzindo custos e minimizando as distâncias. Inúmeras são as instituições que passaram a oferecer cursos a distância visando àqueles que não têm condições de freqüentar o espaço físico da escola ou universidade. E essa condição nem sempre é necessariamente ligada a problemas com horário ou relacionados.

Muitas pessoas deixam de lado sua carreira acadêmica devido as suas limitações físicas. As dificuldades no deslocamento e as instalações das instituições de ensino que grande parte das vezes não são adequadas ao deficiente são agravantes nessa situação. Sendo assim, a Educação a Distância passa a ter um importante papel na inclusão social e digital de boa parcela desses portadores de deficiência, dependendo da natureza da mesma.

Por meio dos estudos através de conteúdos disponibilizados on-line, deficientes físicos têm acesso a educação e conhecimento que lhe serão úteis não só na sua maneira de se informar, mas principalmente na sua reinserção social. No dias atuais, ter um diploma por fazer a diferença na hora de conseguir um emprego, sendo assim, a modalidade de ensino a distancia estaria dando uma oportunidade para essa parcela da sociedade de adentrar-se no mercado de trabalho. Essa inclusão não diz respeito apenas em como as pessoas passaram a agir diante da sociedade, mas como elas passarão a encarar a si próprias.

Outra maneira de inclusão digital é a criação de pontos de atendimento a comunidade, oferecendo instrução e acesso ao mundo virtual. Em bairros onde o poder aquisitivo e o acesso a informação são baixos, esses portais tem grande importância no processo de inclusão. Aqui, monitores capacitados instruem as pessoas aos conhecimentos básicos de informática, possibilitando a eles manusear a máquina sem medo, e, além disso, fazendo com que haja uma interação desses usuários com o conteúdo acessado, mostrando a eles as utilidades e benefícios que estes recursos trarão para as suas vidas. Não é incomum notar grupos de pessoas, independente de idade, utilizando esse tipo de instalação para beneficio próprio. Um exemplo comum são grupos de terceira idade, onde os idosos passam a ter ensinamentos em informática e internet, de modo a não se sentirem “ultrapassados”.

Tendo em vista tudo o que foi aqui apresentado, concluo que a inclusão digital traria benefícios valiosos para a nossa sociedade, porém, a idéia de uma inclusão plena é algo ainda utópico. Antes de pensar no aspecto digital propriamente, devemos voltar nossas atenções para necessidades mais básicas do ser humano, como o acesso a uma boa educação, estruturada, que dê a possibilidade de inserção e ascensão social e profissional as camadas menos favorecidas de nossa sociedade.

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